Diástase é a separação dos músculos retos abdominais (que normalmente são unidos na linha média) e que pode causar fraqueza na parede e abaulamento da região, provocando queixas estéticas e funcionais, como:
Protuberância no abdômen: distensão do abdômen quando os músculos são pressionados, como ao se levantar da posição de deitado.
- Dor lombar: A fraqueza nos músculos abdominais pode levar a problemas de postura e, consequentemente, dor lombar.
- Pequenas hérnias: O afinamento da parede abdominal pode favorecer o surgimentos de hérnias umbilicais ou epigástricas.
- Alargamento do umbigo: causado pelo vão entre os músculos afastados.
- Perda do contorno da cintura, deixando o corpo mais quadrado.
Entre as causas mais comuns destacam-se:
- Gestação: é uma das principais causas, pois à medida que o bebê cresce, os músculos se separam para acomodar o útero em expansão.
- Genética: Algumas pessoas têm uma predisposição a desenvolver diástase mais facilmente.
- Obesidade: o aumento de peso significativo pode exercer pressão excessiva na parede abdominal.
- Exercícios excessivos: podem exacerbar a condição se forem realizados de maneira incorreta.
- Cirurgias abdominais prévias que possam enfraquecer a parede abdominal.
O primeiro passo é uma avaliação com um cirurgião plástico qualificado para realizar um exame físico que possa detectar a diástase, assim como realizar uma ultrassonografia de parede abdominal para medir a extensão da área enfraquecida.
Nem sempre a cirurgia é a única opção de tratamento. Em casos leves, fisioterapia especializada, eletroterapia e exercícios focados na recuperação e fortalecimento do CORE (musculatura profunda abdominal, lombar, pélvica) podem trazer alívio das queixas e melhora do tônus.
Nos casos de diástases sintomáticas e com mais de 2cm de afastamento dos ventres musculares, normalmente é considerada abordagem cirúrgica, dependendo das demais alterações apresentadas no abdome.
O procedimento mais comum na cirurgia plástica para corrigir a diástase é a abdominoplastia, que não só corrige a separação dos músculos, mas também remove o excesso de pele e gordura do abdômen, melhorando o contorno abdominal. Durante a cirurgia, os músculos do abdômen são costurados para restaurar sua posição original e devolver firmeza à parede, além de melhorar o contorno da cintura.
Dependendo da sua extensão e localização, a diástase também pode ser corrigida por miniabdominoplastia, ou até mesmo, associada por videolaparoscopia ou cirurgia robótica.
A recuperação após a cirurgia varia de pessoa para pessoa, mas geralmente, os pacientes podem esperar um período de recuperação de 6 a 8 semanas. Durante as primeiras semanas, é importante evitar atividades físicas intensas e seguir as orientações médicas. Assim que liberado, é importante também que os demais músculos abdominais - oblíquos e transversos - sejam reabilitados com exercícios de vácuo, como os hipopressivos realizados no LPF (Low Pressure Fitness) para garantir melhor tônus e um tratamento mais completo.
Por fim, acho importante frisar que, independente da necessidade de tratamento cirúrgico ou conservador, a prevenção da diástase com manutenção do peso normal, boa hidratação do corpo, prática de exercícios seguros e de forma correta e a prática regular do LPF traz grandes benefícios tanto funcionais, quanto estéticos a longo prazo.