A calvície é um processo de queda do cabelo causada principalmente por questões genéticas e hormonais, acometendo cerca de 50% dos homens com 50 anos. Existem tratamentos clínicos, porém, não restauram os cabelos que já caíram, apenas impedem a progressão da calvície. A melhor escolha para os pacientes que desejam restaurar as áreas em que houve queda de cabelos é o transplante capilar, que consiste em um implante de unidades foliculares (grupos de 1 a 4 fios), garantindo resultados bastante naturais.

Como só é possível transplantar cabelos do próprio paciente, é fundamental que os candidatos a essa cirurgia tenham cabelos saudáveis na parte posterior (nuca) e nas laterais da cabeça para servirem como áreas doadoras de fios.  A cirurgia pode disfarçar muito bem as áreas deficientes, mas alguns fatores como a cor do cabelo, espessura do fio, textura e a ondulação podem afetar o resultado estético.

Uma faixa de couro cabeludo é retirada da região posterior da cabeça, de onde são isoladas as unidades foliculares que serão implantadas nas áreas de deficiência capilar, resultando em uma cicatriz que fica escondida sob os cabelos. Cada unidade é implantada individualmente para garantir a naturalidade do resultado. O paciente recebe alta hospitalar no mesmo dia.

Cerca de 3 semanas após o procedimento, todos os cabelos implantados caem como parte do ciclo normal, mas a “raiz” do fio implantado continua a garantir o crescimento do novo cabelo, que ocorrerá em torno do terceiro mês pós-operatório.

Os fios transplantados dificilmente voltam a cair, já que eles possuem a carga genética de uma região mais resistente do couro cabeludo. Como a calvície é uma condição progressiva, novas cirurgias podem ser necessárias se ocorrer perda de cabelos em outras áreas. O resultado definitivo pode ser visto após 1 ano, com o crescimento completo dos fios implantados.